Vi recentemente, num site sobre arte, da pintora e arquiteta Magaly Gouveia, uma ilustração muito interessante.
Chamava-se metáfora da árvore aplicada ao dilema " O artista nasce pronto ou se faz?'
E coloquei-me a pensar...
Começa que artista é relativo ou pelo menos vago. Considera-se formalmente a criatura envolvida com arte, que produz arte.
Então somos todos artistas em algum momento da vida. Uns mais outros menos.
Especificando meu momento digo que pretendo ser "artista" na arte da pintura. O que moldará esta pretensão? Talento, estudo, prática?
Na minha árvore, que foi estruturada em experiência de vida, e não de arte, o caminho seria mais ou menos este:
- Raiz representa a vocação, o impulso, aspiração de fazer ou de ser.
- Tronco engloba atitudes e características que nos ajudarão a dar suporte, ou conduzir o alimento para que a aspiração desabroche. Talento natural é muito benéfico. Porém necessita da companhia de generosas doses de curiosidade, criatividade, persistência e sensibilidade. Características que podem desabrochar, serem cultivadas e aprimoradas. Naturalmente em diversos níveis, de uma pessoa à outra, entretanto possíveis para todos.
- Galhos aninham o estudo. Das técnicas, história, e tudo que envolve a arte pretendida. E o destemor de experimentar. Sem a experimentação não há inovação, não há aprendizado. É necessário a ousadia que escapa da repressão do medo de ridículo, ou da avaliação alheia. Confiança na capacidade de desenvolvimento.
- Flores serão a recompensa da descoberta de caminhos. O delinear de estilo, o domínio da técnica..
- Frutos, finalmente a arte realizada, satisfação pessoal que alimentará novas sementes na terra. Cada arte concluída se espalhará pelos cantos e no solo do conhecimento humano, desabrochando em renovadas aspirações e vocações.